quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Um dia você não terá razão
Os meus abraços ficarão supensos
Nosso querer será suspeito
A estrada somente volta (círculo)

Um dia eu não terei razão
Os teus abraços ficarão perdidos
Esqueceremos o que foi pedido
Não haverá pontes

E o tempo... foi-se!
E o tempo... foice

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Vamos abraçar o céu hoje
Posso cantar o que você quiser
Vou te fotografar por meus olhos negros
Te empacotar nos meus melhores abraços
E te guardar em meus papéis

Lembra do que eu falei?

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

enchente

cidade velha tem cor
de histórias belas e flores
amores raros
e dores

cidade velha tem cor
de fumaça e café
riso brando
e dores

          ele viu crescer
          num chão pisado de estrelas
          olhos de lua cheia

e foi descendo as ruas
levado por correnteza
dançando em meio-fio, valsas

e depois ninguém o viu
ninguém sabe dizer se virou mar
ou evaporou-se

se virou estrela
de forte brilho
ou chão batido


cidade velha tem cor
de historias belas e flores
amores raros
e dores

cidade velha tem cor
de fumaça e café
riso brando
e dores

          ela era lua
          morava num chão batido
          de estrelas

fazia enxurrada
e tocava valsa
em meio fio

ela inda mora
no mesmo lugar
no mesmo lugar

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

era flor

e ela nem disse que era flor
que murcharia
e que ficaria por mais um tempo o seu olor

mas eu não espero o que não vai
nem vem
eu me mantenho

e o que diz os olhos
é simples
mas meus ouvidos não entendem

difícil
ser assim
mas me mantenho

segunda-feira, 23 de junho de 2014

de tu onde tu vens?
vestida com tanta poesia
pisando em flores ao nascer do dia
com essa doçura de menina velha
...
te banhe com esse sol
sem pressa
brilhe 
seja demais mais pra mim
e eu te procurarei mesmo assim

terça-feira, 3 de julho de 2012

assim são as histórias de amor


pé de algodão é pura poesia
sua brancura brilho irradia
como a candura de um querer
que faz tempo não se via

no meio da plantação, luzia
de saia branca, blusa florida e rudia
como a beleza simples do dia
sem vaidade caminha

lá de trás antônio assovia
ela fazia que não ouvia
mas já que ele não via, sorria
e toda faceira seguia

ele apertava o passo e ela diminuia
e quando mais se aproximando ele ia
seu corpo fervia
e a sua pulsação subia

num demorou muito, antônio pegou no seu braço de supetão e disse: tu num me ouve, muié?
-oxe, e é tu, é? num sabia!
-pois era eu e tu num precisa correr não
-que eu só quero teu corção
eu sou só quero teu coração, luzia

-também te quero antonio
mas a gente não pode ficar junto não
-por que, luzia?
-não sei!