terça-feira, 3 de julho de 2012
assim são as histórias de amor
pé de algodão é pura poesia
sua brancura brilho irradia
como a candura de um querer
que faz tempo não se via
no meio da plantação, luzia
de saia branca, blusa florida e rudia
como a beleza simples do dia
sem vaidade caminha
lá de trás antônio assovia
ela fazia que não ouvia
mas já que ele não via, sorria
e toda faceira seguia
ele apertava o passo e ela diminuia
e quando mais se aproximando ele ia
seu corpo fervia
e a sua pulsação subia
num demorou muito, antônio pegou no seu braço de supetão e disse: tu num me ouve, muié?
-oxe, e é tu, é? num sabia!
-pois era eu e tu num precisa correr não
-que eu só quero teu corção
eu sou só quero teu coração, luzia
-também te quero antonio
mas a gente não pode ficar junto não
-por que, luzia?
-não sei!
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