domingo, 11 de dezembro de 2011

O que seremos depois da queda?

Meu lugar não era o front
Ou pelo menos nunca quis estar lá
Mas se é de guerra que se vive
Sangre, sangre sem reclamar

Será pela honra dos que vieram
Dos que lutam
Dos que me esperam
Ou de quem ainda virá?

Soube que os heróis não escolhem o ser
Mas nunca soube como morrem os reis
Os pobres eu sei que lutam
Mesmo quando apenas querem viver

De fato eu não tive muitas escolhas
Nem se quer pude falar do meu querer
Apenas ame a pátria
E morra!

Caso sobreviva
Conte uma história
Coloque um punhado de glória
E viva o rei!

Sabendo que a majestade vale muitos de nós
Seja leal
Dê sua raça, seus dias
E um dia seu busto será real

De resto ficarão uns versos
Escritos e talvez cantados
Por quem jamais te viu, ouviu
E muito menos quis saber do teu querer

Mártir
Revolucionário
Herói
Poeta

As folhas caem 
Juntam-se a terra tornando o chão fértil
A chuva cai depois sobe e torna a cair
Criando vida no que era estéril.
O que seremos depois da queda?"