sexta-feira, 16 de setembro de 2011

dessa cabeça preta

do relógio
que tic
que tac
que pensa
que sabe
mas não me acompanha
tempo, freguês

de quixote
que pança
que lança a lança
e depois  se lança
sobre o moinho que dança
mais um gigante
que não teve vez

de zumbi
que bate
que canta
que grita
que apanha
que as vezes se arranha
que vive escravo mas morre rei

do cachorro
que ladra ladrão
que mora no portão
de perna perneta
mas que corre lambreta
de nome, romeu
de dona, julieta

do king
que blues
que as vezes dissônico
que tem minha cor
que cora qualquer cara
que brilha
que é só saber o tom


da vida
vivida
todo dia na lida
de noites idas
de manhãs bem-vindas
das canhções mais lindas
das quais uma vivi

da vontade
de mim
de tu
de nós
de ninguém
de quem quiser

2 comentários:

Lílian Alcântara disse...

o design do blog me levando a descer instintivamente a barra de rolagem pra seguir lendo os poemas, muito bom isso... muito mesmo

Paulo Braz disse...

ja nem vou mudar mais o design.